Ulisses (resumo 4)

 "Haines do canto em que estava dando facilmente nó na echarpe em volta do colarinho aberto de sua camisa de tênis disse:

  -- Eu tenciono fazer uma coleção dos seus ditos se você me permitir.
Falando comigo. Eles se Lacan e se banham e se esfregam. Remorso de consciência. Consciência. No entanto eis aqui uma mancha.
   -- Aquele sobre o espelho rachado de uma criada ser o símbolo da arte irlandesa é tremendamente bom.
  Buck Mulligan chutou o pé de Stephen por baixo da mesa e disse em tom caloroso:
  -- Espere até ouvi-lo sobre Hamlet, Haines.
  -- Bem, eu estou falando sério -- disse Haines, ainda se dirigindo a Stephen. -- Eu estava exatamente pensando nisso quando aquela pobre criatura entrou.
  -- Eu ganharia algum dinheiro com isso? -- perguntou Stephen.
Haines riu e, enquanto tirava seu Macio chapéu cinzento do gancho da rede, disse:
  -- Eu não posso dizer, com certeza.
Ele saiu perambulando para a porta. Buck Mulligan se inclinou para Stephen e disse de maneira vigorosa e áspera:
   -- Agora você meteu os pés pelas mãos. Por que você disse isso?
   -- E daí? -- disse Stephen. -- Ó problema é ganhar dinheiro. De quem? Da leitura ou dele. É uma questão duvidosa, eu creio.
   -- Eu faço seu cartaz com ele -- disse Buck Mulligan -- e então você vem com seu olhar de soslaio nojento e com suas chacotas jesuíticas sombrias.
   -- Eu vejo pouca esperança -- disse Stephen -- vindo dela ou dele. Buck Mulligan suspirou tragicamente e pós a mão no braço de Stephen.
-- Vindo de mim, Kinch -- disse ele.
Num tom de voz subitamente mudado ele acrescentou:
   -- Para falar com toda a sinceridade eu acho que você está certo. Dane-se tudo mais para qual eles sirvam. Por que você não os manobra como eu faço? Para o inferno com todos eles. Vamos sair da hospedaria."

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